Filipe Lima, o único português que faz parte do ranking do European Tour (1ª Divisão do Golfe Europeu), não começou da melhor maneira o Portugal Masters, prova que decorre até domingo nos
greens do Oceânico Victoria Golf Club em Vilamoura.
No entanto o melhor jogador luso ainda tem a esperança de passar para a próxima ronda, pois só tem três pancadas acima do
Par, e
"geralmente quem faz o cut [igularar o Par] consegue se apurar para a eliminatória seguinte".
Filipe Lima disse ainda que hoje
"não fiz um bom 'score', mas não perdi as hipóteses para amanhã, nem para o resto da semana. Sei que posso conseguir uma volta muito boa e volto a ficar perto da média. Não estou aflito, vamos ver se o bom dia chega amanhã. Vamos rezar para que chegue".
O português concluiu a pequena conferência de imprensa, afirmando que
"estava muito nervoso, pois só um bom resultado me permite ficar no ranking do European Tour. E o meu estado de espírito juntamente com o mau estado dos greens e o vento irregular contribuiram para este resultado."O atleta luso concluiu o 1ª dia na 86ª posição com um +3 (três acima do par), o que não é muito bom para as suas aspirações.
Se o dia foi mau para Filipe Lima, já João Carlota e António Sobrinho realizaram uma boa prova. O mais jovem e ainda amador acabou a 1ª Ronda em 17º com um -3 (três abaixo do par), enquanto o veterano chegou a liderar a prova, mas estragou tudo com um "duplo boggy" no último buraco, acabando na 30ª posição com um -2 (duas abaixo do par).
Na conferência de imprensa, João Carlota afirmou que
"comecei bem e acima de tudo consegui manter a calma e a concentração. Penso que foi isso que me fez jogar bem".
O jovem, com apenas 18 anos, acrescentou ainda que este é
"um dos meus campos preferidos, pois jogo aqui diáriamente, mas em condições menos adversas". Quando lhe perguntaram quais os objectivos para amanhã, Carlota respondeu que
"é tentar fazer igual ou melhor que hoje. Estou muito tranquilo: sou amador. Vamos ver como estão os 'greens', se muito pisados ou não, porque só saio na parte da tarde".
O campeão nacional António Sobrinho também espera
"fazer igual a hoje, ou então jogar com joguei nos primeiros 10 buracos, porque nos outros não estive bem".
Sobrinho chegou a estar na liderança, mas não foi a pressão que o fez jogar mal:
"Não tem nada a ver com a pressão. Acontece! Eu até estava calmo e a jogar buraco a buraco. Claro que algumas vezes olhei para o leaderboard e vi lá o meu nome, mas não foi isso que me afectou".
Os outros portugueses presentes neste torneio, não tiveram resultados de relevo: Ricardo Santos acabou com 74 pancadas (duas acima do
Par), o amador Manuel Violas com 76 (quatro acima do
Par), Hugo Santos com 77 (cinco acima do
Par) e Tiago Cruz com 78 (seis acima do
Par).
A prova é liderada pelo inglês Stuart Manley com 65 pancadas (sete abaixo do
Par); o também inglês Mark Foster, o espanhol Álvaro Quiros e o indiano Jvoti Randhawa ocupam a 2ª posição com 66 pancadas.
O vencedor do ano passado, Steve Webster, terminou o primeiro dia na 47ª posição com 72 pancadas, igualando assim o
Par do Oceânico Victoria Golf Club.
Mas o primeiro dia ficou marcado por dois acontecimentos, ou se quiserem, dois records: o francês Jean-François Lucquin fez o primeiro "hole-in-one" da história do Portugal Masters; e espalhados pelos greens estiveram pela primeira vez mais de 5000 pessoas a assistir aos shots (concretamente foram vendidos 5312 bilhetes).
Classificação dos 5 primeiros:1º Stuart Manley (Inglaterra) - 65 pancadas2º Mark Foster (Inglaterra) - 66
Álvaro Quiros (Espanha) - 66
Jyoti Randhawa (Índia) - 66
5º Martin Erlandsson (Suécia) - 67
Classificação dos Portugueses:17º João Carlota - 69 pancadas30º António Sobrinho - 70
86º Ricardo Santos - 74
95º Filipe Lima - 75
108º Manuel Violas - 76
118º Hugo Santos - 78
Por
João Miguel Pereira, jornalista "Sport Blog"